Por Jânsen Leiros Jr.
Há misericórdia
para mim
Há conserto na alma
E se há
o que é e o que há
Há na
verdade amor
há na
pureza inocência
há na
paixão sedutora
Alegria
- Ah! Na boa
Como chamo então?
Como grito seu nome?
Onde esconde seu drama
Sempre o encobre de si?
Se há na beleza
sentido demais
há na
perfeita e oportuna
visão
Há na
intenção do tom
há na
sequência das notas
há na
doçura do toque
Doce
há na
palma da mão
Assim eu me flagro
Rimando e cantando
me pego sorrindo
me desperto gostando
Se por tudo gastando
a centelha final
da estima restante
Há na
virgula o que
no ponto não há
Segue a sentença que
se tenta estancar
Há na
promessa
de um novo lugar
há na
estação em
que quero chegar
Não me cercam dúvidas
Não dessa vez
Porque se há na conversa
transparência e nudez
simplesmente
há na
noite e no dia
novo sol e luar
Maio 2015