sábado, 3 de setembro de 2016

A morte e o poeta


Por Jânsen Leiros Jr.

Há uma morte feita

para o poeta

A morte certa

Seu tema

seu lema

sua teima

Uma sina?

 

Uma gota

nos olhos

Outras tantas

na pena

A vida encantada

é plena

Sua queixa

vale à pena

Deixá-la é mesmo

uma pena

 

A morte

como musa

olhos fundos

como máscara

Seu mote predileto

é assunto recorrente

de um fim sempre

iminente

 

Mas se a sorte

traidora

faz da vida

permanente

Seu discurso não o deixa

Seguem rimas

Segue o tema

A morte sempre

assombra o poema

Outubro 1991

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