Por Jânsen Leiros Jr.
De
que serve a atenção empenhada
e
a alma polida
se
desaforos xingados
retratam
verdade escondida?
De
que vale utilidade doada
se
oportunidade encontrada
morre
em amizade fingida
velado
em socorro atrasado?
Um
desgosto a mais na conta
um
sorriso a menos no rosto
ojeriza
declarada na cama
um
adeus diário sofrido
Não
há nada que se queira recuperar
nada
mais a se buscar restaurar
Já
não há quem me queira bem
apenas
quem procura por bens
Criticar
é sempre mais fácil
que
entender
como
mandar é bem melhor
do
que fazer
Se
de tudo sobrarem versos
das
moedas atiradas ao chão
de
que valerão suas caras
por
mais cara e sofrida cisão
Janeiro 2018
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