Por Jânsen Leiros Jr.
Até quando serei só amigo
e quando foi que de fato não fui?
Se me vale fazer escalada
quando é que serei um amor?
Até quando estarei
ao alcance
por ser útil ou por ser
persistente?
Por conveniência
é que fico por perto
Interessante a você
e a mim
Por que todo aceno
de afeto
como todo calor da paixão
jamais despertou seu amor
quiçá provocou seu tesão?
Quem sabe o
Desejo largado
aguarde um sonho
congelado e distante
Devaneio de amores
em tela escondida
orgasmo trocado
em frases corridas
fotos revelam a
vida querida
fatos reforçam
a escolha iminente
Delírio e libido
confessados às pressas
confrontam a falseta
de um querer aparente
O ataque cruel
em desprezo evidente
se explica no choque
do flagrante apagado
O que sobra é um
contato evitado
corpo emprestado
um toque forçado
Um prazer encenado
por pura bondade
Poucas seções
por semana
muitas lições
aprendidas
Verdadeiro fracasso
no palco
por anos de mitos
na cama
O que se vive
ou se morre
é o abandono abusivo
de um desleixo agressivo
A realidade doída
de vidas perdidas
Até quando me
farei de enganado
ou até onde me farão
de palhaço?
Por inquietante questão
ou pesarosa visão
uma pergunta insiste em
buscar conclusão
Para que serviu tudo isso
ou que valeram esses anos?
Um tempo de bodas
em aros de prata
adornaram mentiras em
dias de bosta
Julho
2019
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