domingo, 1 de setembro de 2019


Por Jânsen Leiros Jr.
Todas as manhãs
te acompanho saindo
te vejo sumindo
te percebo indo
Como se entregasse
você à sorte
à própria
Azar o meu
Por vezes sinto
como se nunca
saísse de casa
teu perfume
te mantém
presente
Em tantas outras
parece que jamais
voltou
tua ausência se faz
constante
Se teus olhos
parecem me seguir
rua boca me condena
à sequidão
Por mais que volte
nunca chega
por mais que fique
nunca está
Solidão que a quatro
se encobria
a três se anuncia
e a dois se realiza
Só temos um
ao outro
mas seria bom se
fosse outro
Se no começo
se espera que
enfim sós
algumas bodas depois
o desejo é por
um fim
Agosto 2019

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