Por Jânsen
Leiros Jr.
É
o final de tudo
O
fim das coisas comuns
normais
e naturais
Do
olhar e
do
sonhar
do
buscar e
do
esperar
Não
haverá mais
vontade
Sequer
a de ser
ou
muito menos
a
de ter
O
melhor mesmo
é
esquecer
na
força e no tempo
deixar
apodrecer
Pensamentos
confusos
intenções
às claras
É
flagrante o cheiro
da
conspiração
Ou
quem sabe
apenas
o fim
da
inspiração
Saída
desonrosa
amargura
à porta
tudo
o que se quer
é
partir
Daí,
daqui ou de
qualquer
lugar
Certezas
ao chão
suspeitas
ao vento
e
o nome na lama
Folhas
em branco
Canetas
quebradas
e
luzes no escuro
Encerrada
alegria e
sucumbido
prazer
Cessadas
as rimas
em
velhos sabores
relva
pesada
ao
passar dos tratores
Não
há mais sorrisos
nada
mais é engraçado
Entrego
meus pontos
e
deponho minhas vírgulas
Malas
prontas sem
qualquer
poesia
Fim
da lida
E deixarei para morrer
ao voltar pra casa
Maio 2021
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