Por Jânsen Leiros Jr.
Somos
contáveis
somos
números
Eu
sou número pequeno
talvez
redondo
bem
menos que inteiro
Somos
o que de nós
se
utilizam
somos
utilidade
e
se não úteis
descartáveis
Somos
o número
que
entregamos
o
resultado que fazemos
a
vida que proporcionamos
E
se nada disso
nada
Sou
a cor que esmaeceu
o
tempo que passou
a
vida que vazou
e
o relógio que parou
Como
incomoda passar
da
validade
sem
ter colhido
o
fruto de valor
não
percebido
Insanidade
burrice
invalidade
Sem
utilidade
a
noite acontece
sem
validade
o
sol escurece
Sem
capacidade
a
vida escapa
e
sem entendimento
os
dias encurtam
Eu
quisera ser útil
e
me flagrei fútil
Tive
sonhos e ideias
em
milhares de dias
inúteis
Se
onde há fogo
há
fumaça
a
fumaça se dispersa
porque o fogo se apagou
Dezembro 2021
Somos apenas votos.
ResponderExcluirMeu amado, a sua capacidade de pensar e expressar o que sente é o que te torna diferente. Te amo, meu irmão!!! Linda reflexão!!!
ResponderExcluirVisão e pensamento de quem, a todo tempo, faz de tudo para, de alguma forma, tentar ser útil ao seu semelhante.
ResponderExcluirBelo poema, Jânsen.
Deus o abençoe
Ótimo comentário irmão Baixinho!!
ExcluirMuito verdadeira!
ResponderExcluirTemos que aprender saber viver.
Lindo - como tudo que você escreve!
ResponderExcluirMuito tocante sua poesia Jansen. Você é um grande ❤
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