Por Jânsen
Leiros Jr.
O
tempo caminha
no
espelho à minha frente
Minhas
marcas gritam
o
tanto
e
seus sulcos revelam
o
quanto
Desconheço
quem não
carregue
as suas
Há
marcas na pele
por
pequenos arranhões
e
há cicatrizes na alma
por
teimosas insistências
Só
eu acreditei no
Impossível
Há
marcas de feridas
que
ainda sangram
e
sangue que se acumula
por
descaso
São
mais idas que vindas
muito
mais “vai” que “vem”
mais
lágrimas que sorrisos
mais
partidas e “adeus”
O
vazio que sobra
não
é menos que mais
uma
marca
Um
eco no peito
que
se diverte com a dor
É
que as marcas do tempo
ensinam
a rir
até
mesmo do horror
Aprendi
a conviver
com
as marcas
e
talvez nem vivas sem elas
Quem
sou?
Pergunte
às marcas
elas
me entalham
e
me forjam
golpe
a golpe
mas
depois de moído
me
devolvem ao espelho
Março 2022
Perfeito
ResponderExcluirAprendemos a conviver com as marcas.
ResponderExcluirAinda que possam doer,as marcas fazem parte do nosso crescimento emocional.
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