Por Jânsen Leiros Jr.
Todos
os dias
meus
últimos dias
uma
coisa
peço
a Deus
entre
duas
Arrancar-me
daqui
vivo
ou
levar-me de vez
morto
Mas
que não
me
castigue
deixando-me
aqui
Já
não há
forças
para resistir
nem
desejo
para
existir
Fazia
está a
forca
para
se
desistir
mas
a covardia
não
me deixa agir
ou
a esperança
que
disfarçada
a
resistência
A
verdade
é
uma realidade
algoz
uma
sanha
atroz
A
vontade de sumir
é
tão grande
quanto
o desejo fugir
De
todo jeito
não
há
como
se doar
naquilo
que
não
se tem
O
destilar do veneno
nosso
de cada dia
é
entrega última
de
quem faz
o
que pode
e
dá o que tem
Só
fico porque
não
posso
e
persisto porque
não
tenho
É
rua ou cova
e
a nudez me conforta
Minha
vergonha
meu
espinho
minha
dor
Meu
apagar diário
pouco
a pouco
até
o fim
Abril 2025

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