terça-feira, 23 de agosto de 2016

Amor por conveniência

Por Jânsen Leiros Jr.

Por sutil conveniência

            convivência insana

Obrigada ou

premida

flagrante

despida

 

Sem qualquer

emoção profunda

arrasada afunda

sem brilho e

sem cor

Nem dor

        Calor

nem pensar


Presente indisfarçável

só o pesar

de encontrar

um dia sim

e outro também

a mesma cara

insuportável

do outro

 

Por conveniência tola

      insistência estúpida

desfaz-se da vida

por demais ausente

Aceite

cassete

foi o que sobrou


Por que se atura

essa morte tão viva

e por que se acata

essa falácia letal

 

Porque por conveniência fria

                 impaciência à parte

melhor parece

um não amar

acomodado

que um amar

sem ser amado

Dezembro 1994

Um comentário:

  1. Olá nobre amigo e poeta parabéns por tão bela obra muito bem desenvolvido gostei muito de ler, tenha uma ótima semana abços.

    ResponderExcluir