Por Jânsen Leiros Jr.
Idiota
Na forma culta
desprovido
De um jeito chulo
pateta
Às vezes me
fazem assim
Tentam
Até finjo ou
talvez seja
Pela presunção
de que seja amado
sem jamais
ter sido
amor
- Idiota!
Crueldade incontida
Necessidade fugaz
de repelir o bem
como se fosse um mal
O instinto mais básico
de chutar pra longe
de buscar motivos
legitimar um crime
que nem mesmo é mais
- Idiota!
Talvez a
constatação precisa
em que se precisa crer
pra motivar pra outros
o que não é pra si
- Amor?
- Não idiota!
Sofro abuso por capricho
um chamego sem paixão
Ojerizas à parte
o meu doce é sempre em vão
Esperança inglória
insistência sem razão
Sem medalhas na batalha
nem de prata
nem de lata
- Idiota!
Que acompanha
o desenlace
em relances de papel
Verdades impressas
a sangue
lembranças e dor
Que se lê com
disfarçado pavor
desejando não ser
Verdade
que se flagra
em cada linha
em cada post
em cada som
- Idiota!
Devo ser
Por amor posso ter sido
Mas aproveitem
até o fim
Talvez o meu
Mas se não for
a festa acabou
Abril 2019
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