Por
Jânsen Leiros Jr.
Sempre há com o que
se comparar
Sempre há com um quê
Isso não está bom
esse outro está ruim
Nunca se dá por satisfeita
sempre se achando o pior
Tentativa insana
de trocar a crítica eventual
pelo elogio condescendente
Vaidade de vaidade
tudo amenidades
Tanto é assim
que pelo olhar encurtado
se vê pelo espelho
e não se percebe nos olhos
Encarando-se com coragem
confrontando-se confiante
não há quem não
se perceba
joia bruta nas
próprias mãos
Lapide-se
Esqueça a forma aparente
o shape enganoso
e se sarado ou não
Entenda a alma
perceba os gestos
e escute o coração
Inigualável
Generoso
Incomparável
Dezembro 2020
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