Por Jânsen Leiros Jr.
Perdi
o vício de você
que
jamais o teve de mim
Isolado
Solitário
Preterido
Desobrigado
Desejoso
Liberado?
Se
não sirvo ao abraço
se
seus braços não acesso
acesa
fica a chama
que
preciso extinguir
Mesma
brasa
outras
lenhas
uma
fogueira que
preferia
não queimar
Como
num banquete
sem
comida e
celebração
sem champanhe
dormimos
lado a lado
por
milhas afastados
Sem
beijos de despedidas
sem
bom dia pela manhã
O
peso do convívio estampado na cara
como
estampido de tiro
certeiro
no peito
Um
bom ouvinte
o
outro impaciente
pelo
primeiro um anseio
pelos
demais sofrimentos
Para
aquele
promessa
mas
para este
tormento
Se
descola
se
afasta
desencanto
a cada noite
Só
não vê o sonhador
que
prorroga sua dor
que
nem sabe doerá
tanto
quanto já doeu
Restos
da dor
que
doída se acabou
Uma
cama vazia
um
só lado ocupado
Nada
novo na verdade
do
passado revelado
que
amante nunca houve
presente
do outro lado
Abraços
forçados
sorrisos
forjados
carinhos
suplicados
quase
sempre negados
Chegou
a hora de sorrir
um
sorriso exasperado
De
dar o braço a torcer
de
dar o abraço final
Novembro 2019
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